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domingo, 26 de junho de 2011

"AQUI E AGORA" - Parte II

Anatomia da Queda

Todos sabemos como a tragédia aconteceu: Adão e Eva pecaram e perderam o Paraíso. Em seu lugar eles receberam—de certo modo, criaram—um mundo caído amaldiçoado com trabalho duro, parto em dor, relacionamentos difíceis e, no final, a morte. Você pode ter sido criado para o Paraíso, mas certamente não nasceu nele. A razão é o pecado. Mas, afinal, por que Adão e Eva pecaram? Como puderam ser tão tolos? Tudo para eles era tão bom—perfeito, na verdade. Como a serpente pôde enganá-los? A resposta para essa questão se resume na triste história de nossa espécie caída. Vamos ler a narrativa. Você já a ouviu muitas vezes, sem dúvida, mas alguma vez notou a estratégia da serpente? Ela disse para a mulher: “Foi isto mesmo que Deus disse: ‘Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim’?” Respondeu a mulher à serpente: “Podemos comer do fruto das árvores do jardim, mas Deus disse: ‘Não comam do fruto da árvore que está no meio do jardim, nem toquem nele; do contrário vocês morrerão’”. “Certamente não morrerão”, disse a serpente à mulher. “Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês, como Deus, serão conhecedores do bem e do mal.” Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também. (Gênesis 3:2-6) 

Qual foi, então, a isca no anzol da serpente? A perspectiva de uma existência independente sem uma necessidade constante de Deus. “Deus está privando vocês. Ele sabe que seus olhos se abrirão se vocês buscarem o conhecimento do bem e do mal. Vocês não precisarão Dele para dizer o que fazer. Serão sábios o suficiente para decidir as coisas por si mesmos. De fato, poderão ser seus próprios deuses!” A independência foi a isca intoxicante. Infelizmente, a independência é exatamente o que a humanidade tirou do negócio. E com certeza não foi um bom negócio! Após algumas décadas sozinhos e decidindo por si mesmos o que era bom, os primeiros pais humanos haviam criado um assassino. Em alguns séculos, fome, guerra, crueldade, ódio, engano e exploração entraram em cena—tudo que a humanidade tem tentado duramente e sem sucesso eliminar de suas civilizações à medida que os milênios passam. 

A independência não devia ter se mostrado desse jeito, pelo menos de acordo com a serpente. De algum modo, quando ela a mencionou, pareceu excitante. Inteligente. Importante. Sofisticada. Mas “esqueceu” de mencionar um fato crucial: a independência sempre significa separação. E a separação de Deus não é excitante nem inteligente. Desde a primeira tentação, nossa espécie tem ansiado pela independência de Deus e tem pago o preço da separação Dele para tê-la. 

Ainda gostamos da aparência do fruto proibido, apesar do coração partido que ele nos trouxe. Como os sujeitos na parábola de Jesus sobre as dez minas (talentos), consideramos o prospecto de nos submeter a Deus e gritamos: “Não queremos que esse homem seja nosso rei” (Lucas 19:14). A maioria dos humanos, parece, quer um deus, mas quer um que se satisfaça com poucas práticas religiosas e depois os deixe sozinhos para que possam levar suas próprias vidas de sua própria maneira. 

Trecho do Livro: "Aqui e Agora" extraído  do Site:  Igreja nos Lares

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